Bucomaxilo
Bucomaxilo ou cirurgião bucomaxilofacial
Trata-se de uma especialidade da Odontologia, cujo nome oficial é até um pouco mais complicado: cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.
O cirurgião bucomaxilofacial, ou bucomaxilo, como é popularmente conhecido, cuida de diversas patologias e condições relacionadas à região da face, do crânio, do pescoço, dos maxilares e da cavidade bucal.
Patologias relacionadas e atendidas pelo Bucomaxilo
. Traumatismos ou deformidades na face e nos maxilares (congênitas ou decorrentes de doenças como o câncer);
. Manifestações de outras doenças na cavidade bucal (como AIDS e tuberculose);
. Tumores e cistos nos maxilares;
. Alterações do desenvolvimento ósseo da face;
. Fraturas faciais.
Outras atuações do bucomaxilo
Cirurgias de baixa ou alta complexidade, como as ortognáticas.
O bucomaxilo também é indicado para tratar casos de bruxismo (ranger dos dentes durante a noite) e que, muitas vezes, estão associados a quadros de ansiedade nos pacientes.
Se identificou com algum caso? Fale conosco através do número (19) 3814.3400 e agende uma avaliação.
Cirurgia Ortognática
A cirurgia ortognática é uma técnica utilizada para corrigir alterações de crescimento dos maxilares, conhecidas como anomalias dentofaciais, as quais podem originar distúrbios da mordida, articulações e respiração, e também repercutir na estética facial. Trata-se, portanto, de um procedimento estético-funcional capaz de restaurar a harmonia facial e a função mastigatória.
Esta técnica é indicada para vários tipos de anomalias ósseas, desde crescimentos deficientes a exagerados, em todos os sentidos. Para que possa ser realizada, após a diagnóstico da condição do paciente, várias avaliações são feitas para planejar a melhor forma de tratamento. Na criança, normalmente tenta-se corrigir o problema com o uso de aparelhos ortodônticos e ortopédicos que atuem também no crescimento ósseo. Porém, quando o portador da anomalia for adulto, o tratamento ortodôntico isolado não será suficiente para a correção, porque o processo de crescimento da face já terá se encerrado. Nesses casos, a cirurgia ortognática será necessária para a correção completa do problema.
Em alguns casos excepcionais, pode-se realizar o procedimento cirúrgico antes do final do crescimento ósseo, quando o paciente ainda for criança. Isso acontece quando as deformidades são muito severas e causam no paciente alterações da estética facial que dificultam o convívio social e trazem consequências psicológicas importantes. Nesses casos, uma segunda correção pode ser necessária no futuro, após o término do crescimento do indivíduo.
Como preparo para a cirurgia, o paciente deve ser submetido a um tratamento ortodôntico, no qual a posição dos dentes é corrigida em função das bases ósseas: os dentes superiores em relação à maxila e os inferiores à mandíbula. O trabalho do ortodontista é o de preparar as arcadas dentárias para que o cirurgião corrija a oclusão no momento da operação.
Uma vez finalizado o preparo ortodôntico, é realizada a simulação da cirurgia, atualmente por métodos virtuais no computador. Com ela, cirurgião e paciente podem avaliar todas as possibilidades e visualizar os resultados estéticos com bastante precisão.
Após o procedimento cirúrgico, o paciente pode encontrar algumas dificuldades. A alimentação, higiene e fonação podem ser momentaneamente prejudicadas pelo inchaço acentuado dos tecidos moles. Apenas alimentos líquidos são permitidos e uma dieta balanceada é aconselhada. Geralmente com 30 dias o paciente já está apto a iniciar o retorno gradual às atividades rotineiras.
O resultado final é obtido após seis meses, sendo sempre importante o acompanhamento do cirurgião-dentista em todas as fases do pós-operatório. Neste período é realizada a finalização ortodôntica, ajuste fino da mordida, que geralmente dura de 3 a 6 meses. Só após essa fase será possível retirar o aparelho ortodôntico.
Existem três problemas principais que podem afetar a qualidade de vida do paciente que não procura por tratamento. Além das alterações estéticas, o portador das anomalias dentofaciais pode apresentar problemas funcionais e respiratórios. A articulações da mandíbula e a musculatura facial podem ser afetadas, causando dor e problemas de mastigação.
O que é DTM?
Responsável por fazer a ligação da mandíbula ao crânio, a ATM ou Articulação Temporomandibular é encarregada pela abertura e pelo fechamento bucal. Quando há problemas em seu funcionamento, chamamos de Disfunção da ATM ou DTM (Disfunção Temporomandibular). Essa patologia afeta 20% da população, tendo maior prevalência entre as mulheres na proporção de 9:1 em relação aos homens.
Suas causas podem decorrer de diversos fatores como:
• Traumas na articulação;
• Bruxismo (ranger constantemente os dentes);
• Roer as unhas;
• Mascar chicletes;
• Reações ligadas a fatores psicológicos como depressão, estresse e ansiedade, além de problemas reumatológicos e hormonais.
Alguns sintomas como dores ao abrir e fechar a boca; estalos; dores de cabeça, faciais, no pescoço ou ouvidos; travamento ao abrir e fechar a boca; dificuldades para morder alimentos mais duros; mudança repentina no encaixe dos dentes superiores e inferiores; entre outros, podem indicar problemas na ATM.
Os tratamentos visam eliminar as dores e desconfortos e melhorar a função mastigatória. Estes variam de acordo com o caso, dentre os mais adotados pelos médicos são:
• O uso de medicamentos analgésicos e ou relaxantes musculares;
• Uso de placas de mordida;
• Botox;
• Fisioterapia;
• Viscosuplementação;
• Artrocentese;
• Artroscopia;
• Cirurgias abertas;
• Em casos casos mais extremos, próteses condilares.
Qual profissional procurar?
Ao perceber alguns dos sintomas supracitados, o cirurgião Buco Maxilo Facial deve ser acionado. Ele realizará o correto diagnóstico para detectar a disfunção por meio de exames clínicos e imaginológicos específicos, entre outros.
Bruxismo: conheça as principais causas e como tratar
O bruxismo, hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes, faz parte da vida de pelo menos 40% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com diferentes causas, esse problema pode atingir adultos e crianças.
Além de causar prejuízos na saúde bucal, o bruxismo pode provocar outros desconfortos, como insônia, dor de cabeça, dor e zumbido no ouvido, dor no pescoço e na face.
Neste post, vamos falar um pouquinho mais sobre o problema, explicando os tipos de bruxismo, as principais causas e as formas de tratamento. Confira!
Tipos de bruxismo: concêntrico e excêntrico
Na maioria das vezes, o ato inconsciente de apertar ou ranger os dentes acontece à noite, durante o sono. É considerado um distúrbio do sono, chamado de bruxismo noturno ou “excêntrico” com movimentos laterais e pode ter origem física ou emocional.
Mas, o problema também acontece durante o dia, enquanto a pessoa está acordada. Esse é o bruxismo diurno, também chamado de “concêntrico” ou bruxismo em vigília, sem lateralidade e normalmente está relacionado às atividades que exigem esforço físico ou muita concentração.
Quais são as principais causas do bruxismo?
Existem vários fatores que estão associados ao desenvolvimento do distúrbio, como genéticos, físicos e psicológicos. Veja os mais comuns:
Estresse e ansiedade: o excesso de nervosismo, irritação e ansiedade podem provocar o bruxismo – principalmente o diurno. O problema surge como uma forma de resposta do corpo à tensão acumulada;
Genética: diversas pesquisas demonstram existir um caráter genético em alguns tipos de bruxismo, inclusive com o fator de hereditariedade, ou seja, passado de pai para filho;
Medicamentos: alguns medicamentos antidepressivos podem ter como efeito colateral o bruxismo;
Desalinhamento dos dentes: o alinhamento anormal dos dentes compromete o correto fechamento da boca e encaixe dos dentes, favorecendo o surgimento do bruxismo;
Refluxo estomacal: o refluxo do ácido gástrico do esôfago para a boca também pode provocar o apertar e ranger dos dentes como resposta ao incômodo.
Como tratar o bruxismo?
Não existe ainda um tratamento para curar o bruxismo, mas alguns métodos podem ser utilizados para aliviar a dor e os sintomas da doença. O mais comum é o uso de uma órtese que é usada durante a noite para proteção dos movimentos da mandíbula, evitando o desgaste dos dentes e contribuindo para a redução de dores.
Além disso, dependendo da causa do bruxismo, o tratamento pode ser feito com toxina botulínica, aparelho ortodôntico para correção de mordida, medicamentos, fisioterapia facial e técnicas de relaxamento muscular.
Visitar regularmente o dentista é a melhor maneira de identificar precocemente o bruxismo e prevenir problemas de saúde bucal ou outros desconfortos que afetam sua qualidade de vida.