Hospital 22 de Outubro

Fatos que você precisa saber sobre o HPV

O HPV (papilomavírus humano) é a infecção sexualmente transmissível, mais comum no mundo, e é responsável por 5% de todos os cânceres, mas ainda é pouco falado e comentado na sociedade.

Muitas são das dúvidas sobre o HPV e sobre a vacina que protege. Nesse artigo, o Hospital 22 de Outubro esclarece as principais dúvidas sobre o HPV e sobre a vacina disponível no hospital.

  • O que é o HPV?

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

  • Quais são as formas de transmissão do HPV?

A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinal ou sintoma, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo.

  • Como reconhecer os sintomas do HPV?

A infecção pelo HPV é tipicamente assintomática (sem sintomas) na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (verrugas na região genital e no ânus visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

Pode acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, pode estar presente em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.

 Raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente).

  • Como ter o diagnóstico do HPV e qual médico devo procurar?

O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.

Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).

Lesões subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas.

Os médicos que devem ser procurados, são: ginecologistas, urologistas ou proctologistas.

  • HPV tem cura?

O sistema imune pode combater de maneira eficaz a infecção pelo HPV, principalmente, entre as pessoas mais jovens. Algumas infecções, porém, persistem e podem causar lesões. As melhores formas de prevenir essas infecções são a vacinação preventiva e o uso regular de preservativo.

É importante ressaltar que qualquer lesão causada pelo HPV precisa de acompanhamento, no serviço de saúde, para tratamento e prevenção de complicações.

  • Qual é o risco de uma pessoa infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero, de ânus, de boca e de orofaringe?

Aproximadamente, 291 milhões de mulheres no mundo têm HPV, sendo que 32% estão infectadas pelo tipo 16 ou 18, ou por ambos, os tipos responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo do útero. Segundo estudos, o HPV está envolvido em quase 100% dos casos de câncer de colo do útero; 85% dos casos de câncer de ânus; 35% de orofaringe; 23% de boca; e 60% dos casos de câncer no pênis. Os cânceres de boca e garganta são o 6º tipo no mundo e a incidência está fortemente relacionada ao HPV e à prática de sexo oral.

  • Todas as mulheres que têm o HPV desenvolvem câncer de colo do útero?

Não necessariamente. Algumas pessoas podem desenvolver verrugas anogenitais (na região genital e do ânus) ou alterações benignas (anormais, porém não cancerosas) no colo do útero, dependendo do tipo de HPV. No entanto, pessoas acometidas pelos tipos de HPV de alto risco de podem desenvolver câncer. Essas alterações são provocadas pela persistência do vírus. Por isso, é importante a detecção precoce, por meio do exame preventivo (Papanicolaou) regularmente no serviço de saúde.

  • A vacina é uma das formas mais eficazes de se proteger, mas quem são as pessoas que devem ser vacinadas? Para as pessoas que não estão incluídas, podem se vacinar?

A vacina quadrivalente, disponível no Hospital 22 de Outubro, é aprovada para mulheres entre 9 a 45 anos e homens entre 9 e 26 anos.

  • Fala-se muito da vacinação nas meninas, mas qual a importância em se vacinar os meninos?

O HPV acomete tanto meninas quanto meninos. A maioria da população associa o vírus do HPV ao câncer de colo de útero, mas para homens o risco também é iminente, tendo em vista a incidência de cânceres como de pênis, de ânus e de faringe/garganta, todos também ocasionados pelo mesmo vírus.

  • Qual a vacina disponível no Hospital 22 de Outubro? Contra quais tipos de vírus ela imuniza?

A vacina disponível no Hospital 22 de Outubro é a quadrivalente. Ela previve contra HPV 6, 11, 16 e 18.

Dentre os HPVS, os tipos 16 e 18 estão relacionados aos casos de câncer e o HPV 6 e HPV 11 estão relacionados às verrugas.

  • A vacina protege contra todos os tipos de HPV?

Não, existem mais de 200 tipos de HPV, porém a vacina protege contra os tipos mais perigosos que são o 16 e 18, presentes em cânceres de útero, anal e o de orofaringe.

  • Quanto tempo dura a proteção da vacina? Deve-se tomar uma dose de reforço?

Não, uma vez feito o esquema não há necessidade de dose de reforço. Faz-se o esquema uma vez.

Para saber mais sobre a vacina, entre em contato com o Centro de Imunização do Hospital 22 de Outubro: (19) 3814.3427 / 99975.0098 (segunda a sexta-feira das 08h às 14h)

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